A análise
psicanalítica não é de cunho quantitativo, mesmo seguindo, muitas vezes, o
caminho da lógica, mas sua matéria de estudo é a subjetividade, as
singularidades de um sujeito em especial.
O autoconhecimento
é fruto de todo um trabalho analítico. Sendo que o paciente e o próprio
analista envolvem-se em um processo individualizado de conhecimento próprio.
Dentro da Psicanálise, conhecer-se é a via única para todos os implicados.
A Psicanálise é um
instrumento qualitativo para o autoconhecimento porque suas variáveis são quase
infinitas, pois o sujeito analisado é único e exige um tratamento que também é
singular, mesmo que os instrumentos da análise dos sujeitos sejam praticamente
os “mesmos”.
O autoconhecimento
é fruto do processo analítico em si e não apenas das resoluções dos conflitos,
por isso, pessoas que não têm nada aparentemente fora do normal, se assim
podemos dizer “normal”, podem e muitas vezes é indicado o tratamento como uma
forma de buscar o desenvolvimento pessoal.
Vejamos algumas
metas que podem ser alcançadas em um tratamento psicanalítico para pessoas
ditas como normais, sem nenhum conflito ou sintoma aparente:
- Aceitação própria de
defeitos, qualidades, limites. Como também o transcender ou o desenvolver
desses.
- Desenvolvimento da liberdade
de expressão.
- O próprio autoconhecimento.
- Modificação na lógica do
pensamento, proporcionado por novas experiências, fruto da análise.
- Fortalecimento da voz do eu
mais profundo.
- Reconciliação com a própria
história.
- Fortalecimento da capacidade
de intervir no próprio percurso da história pessoal.
- Novos modos de se relacionar
com as pessoas, relações mais qualitativas.
- Diminuição de ansiedades ou
da ansiedade.
- Prevenção de desajustes
psicológicos causados por frustrações, medos etc.
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