Quem sou eu? Essa pergunta, em uma perspectiva de introspecção, é uma das perguntas pilares das reflexões filosóficas dos indivíduos em seus estágios de desejo de autoconhecimento. Na verdade, todos os indivíduos, normais, questionam-se sobre quem eles são na perspectiva individual. Buscamos uma resposta pronta, mas nem sempre a encontramos. E mesmo que tentemos nos segurar em respostas já existentes, aquelas que alcançamos de modo rápido e que são em maioria superficiais, porém elas, de fato, não são suficientes para aquietar o impulso da pergunta.
A mente humana faz
muitas exigências. E ter uma resposta para o “quem sou eu” constitui-se como
uma necessidade do homem. A mente, também, está sempre em construção de
edifícios psíquicos e, a cada nova construção, ela exige suprimentos para suas
elaborações. O edifício do autoconhecimento é uma dessas construções em que a
mente humana constrói com parcimônia e acaba por não finalizar no percurso
temporal humano. Mas apesar de não terminar esse edifício, a mente cobra a
colaboração do indivíduo de vários modos conscientes ou inconscientes. Estes
dois termos últimos que usamos (conscientes e inconscientes) devem ser
compreendidos na perspectiva psicanalítica.
O tratamento
psicanalítico, entenda tratamento não somente na perspectiva de tratar os
doentes, mas como um instrumento que vem responder uma necessidade humana, é um
caminho que vem auxiliar o homem na busca do autoconhecimento. Mas o que
acontece a cada passo dado no autoconhecimento? Acontece a ressignificação do
eu, em sua dimensão interior e exterior. É como uma bela pintura que vai
tomando sua forma mais próxima do acabamento, ou seja, seu estágio final.
Você pode estar se
questionando quanto ao modo que se dá esse tratamento, se é igual ao
convencional ou se há processos diferentes, pois não há doença aparente. A
resposta é que se dá do modo convencional, mas lembrando ou informando que na
Psicanálise cada caso é único. Mas falando em doença, todos nós humanos somos
“doentes” de algum modo, pois nossas relações com as coisas e com as pessoas
pode nos ferir em algum ponto, porém nem sempre a culpa é dos outros, mas,
muitas vezes, nós é que somos muito frágeis, a clínica psicanalítica nos ensina
isso.
Esperamos ter lhe
dado a oportunidade de conhecer mais sobre como trilhar uma verdadeira via de
autoconhecimento e ter como fruto a ressignificação do eu. E reafirmamos que
temos a necessidade de crescer em autoconhecimento, pois isso é uma necessidade
humana. Há muito mais probabilidade de sermos mais felizes quando nos
conhecemos. Uma pessoa que dá passos concretos em autoconhecimento aprende a se
amar mais e, consequentemente, amar com mais qualidade as outras pessoas, isso
em palavras e em gestos.
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